De pé, diante de mim mesma, o espelho trincou e a imagem por fim me satisfez, me reconheci, depois de tanto tempo, diante do espelho trincado... As paixões são lembranças distantes, as vejo como em um filme, me entorpeço diante da arte, da coragem alheia, da exposição de desejos alheios, que são também meus... Este espelho me vê como ninguém vê, como não permito ser vista...
Aqui, em um local desconhecido, posso ser, existo, falo, penso, me vejo, e me permito duvidar de tudo, de mim, me permito reler, reler e não mais me reconhecer....