quarta-feira, 3 de abril de 2024

03/04/2024 às 23:56

 Entrei no tunel do tempo literalmente, daqui a três minutos será um outro dia e estou eu aqui, com a pia cheia de pratos sujos, as compras desnecessárias jogadas na mesa da sala, enquanto eu tento trabalhar, assistir novamente a série da HBO, SEX AND CITY e não tiro meu ex de 2006 da cabeça, depois de ter cedido aos 18 anos de resistência aos seus apelos, e acreditem, foi incrível como nos velhos tempos.

Vamos por parte: Incrível como a série Sex and City consegue ser tão atual e falar tão diretamente sobre meus dilemas e dramas de mulher solteira a procura. Mulheres lindas, ricas, que vivem em Nova York, escritora, advogada, marchant, promotora de eventos que se envolvem em tantas roubadas amorosas, como qualquer outra mulher do mundo, acho eu que na China ou no Paquistão, role estas mesmas merdas. Vou me ater a falar sobre uma garota de origem humilde, do interior da Paraíba, que depois de muitos perrengues vai morar na Capital, conseguiu melhorar seu padrão financeiro e físico, estudou, se cuidou, viajou, e como as garotas da TV se meteu em trilhões de roubadas. 

É, elas são culpadas pelas suas vidas amorosas fracassadas, com homens fracos, neuróticos e perebentos como bem classifica a querida e sábia Valeska Zanello, no seu livro a Prateleira do Amor, é, realmente, uma procura insana, louca e que precisamos contar com sorte, destino e todo nosso conhecimento zodiacal, e acredito que seja a melhor opção, não consigo nem imaginar "por enquanto" de desistir deste sonho maluco de encontrar um homem pra amar, viajar e dividir as contas do mês. 


Somos culpadas por repetir padrões milenares de idealizações fudidas de amor? Somos culpadas por esta biologia maluca, que faz com que carreguemos no meio das pernas uma bomba nuclear que explode cada vez que nos apaixonamos ou sentimos tesão, ou sei lá, quando estamos carentes? Somos culpadas se todos as coisas no mundo nos reportam a uma cena romantica onde encontraremos alguém legal e viajaremos o mundo, e ele estará ao nosso lado pra vê a cada mês a lua crescente de frente ao mar, e que nos surpreenderá com mimos e presentes que vão lembrar o quanto somos especiais, não dá pra fugir, as mensagens estão por todos os lugares, todos. 


Sim, repetimos padrões, por isto falei da minha casa neste momento, que já é outro dia, mesmo com uma vida inteira de tantos aprendizados, minha casa é uma cópia fake da casa da minha mãe,  bagunça, gambiarras, um projeto em eterna construção, casa arrumanda e organizada nunca foi uma prioridade ou mesmo algo que saberei administrar.

03/04/2024 às 23:56

 Entrei no tunel do tempo literalmente, daqui a três minutos será um outro dia e estou eu aqui, com a pia cheia de pratos sujos, as compras ...