quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Papéis amarelados....

Era uma vez uma adolescente que queria ser poeta....

1989
E foge tudo de novo.
Só o desejo não foi cortado, como a umidade da noite ainda presente pela manhã;
A vida é úmida;
O meu momento não tem mais tempo, nem espaço, mas é essencial, como o ar que respiro;
o meu momento não tem nome e me dá asas, forma e umidade, ou seja, vida;
O meu momento tem cor, mas não tem lógica, é a vingança da vida sobre mim.
É um lugar comum onde muitas já passaram, se perderam.
Meu momento é intenso e profundo, mesmo que feito de mentiras, cavernas, verdades ocultas, esconderijos, tentativas e erros, tudo faz parte.
Não quero a verdade nua, quero despí-la;
O meu momento é vivo e toma forma, se ramifica no meu interior e fatalmente aflora
Admite a ambiguidade de ser tudo e ser nada;
O meu momento não brilha, não acredita, não sonha, não tem amanhã, e hoje é suficiente;
Não quero ficar dentro deste momento, afinal o amanhã também me pertence, como tudo que a vida oferece.
Fora do momento não estou mais assustada, conheci o proibido, a solidão, e ganhei a esperança do novo,
Os momentos vão se unindo, formando um novo lugar, com expressão e passado e são eles que dão a dimensão da nossa existência, é a vida exigindo vida,
A tua ausência e a minha carência são momentos, tanto quanto beijar, então beije devagar, como se fosse o último, como se fosse durar para sempre,
Neste momento posso ir, pois estou feliz....

Nenhum comentário:

Namaste

 Acordar cedo, praticar Yoga e começar o dia. Dois mil e vinte cinco tem sido um ano surpreendente, tantos projetos que sempre procrastinei ...